Os servidores públicos da área Agropecuária maranhense, incluindo sua representação sindical, aguardam o anúncio da equipe que comandará o setor no Governo Carlos Brandão. As lideranças atualizam a pauta de reivindicações a ser encaminhada aos novos dirigentes, na expectativa de terem suas propostas recebidas com mais sensibilidade.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA), engenheiro agrônomo Diego Sampaio, reafirmou a disposição de intensificar o diálogo com o Governo do Estado, interrompido pelo processo eleitoral.
“Vamos retomar as conversas e insistir na correção da defasagem sofrida pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária – AGED – onde somos lotados”.
Pauta – Para o líder sindical, o governador, por intermédio da Secretaria Estadual da Agricultura e da Agência, deverá estabelecer novo tratamento à política de defesa agropecuária, praticamente paralisada, principalmente quanto à valorização dos servidores e ao reequipamento da máquina administrativa da AGED.
“O sucateamento inviabiliza até nossas relações com o MAPA”, diz Diego Sampaio.
Outro foco do sindicato será a reativação dos contatos com o Ministério da Agricultura e sua nova direção, cujo diálogo está interrompido e prejudicando a assinatura de convênios e o recebimento de incentivos que favoreçam a atuação dos servidores no desenvolvimento das competências que lhes são próprias.
“A inércia ameaça a existência do órgão (AGED) e o emprego dos servidores”, alerta Sampaio.
Agenda – Os servidores técnicos da AGED estão preocupados com a pretensão do MAPA em liberar a vacinação contra a febre aftosa, elegendo as unidades federativas como zona livre da aftosa sem vacinação. Apreensivos, acompanham a inatividade da AGED no atendimento aos requisitos para a adoção da medida. Sem o que as relações comerciais envolvendo o rebanho maranhense (segundo maior do Nordeste) sofrerão danos econômicos.
Internamente, o quadro técnico da Agência carece de equipamentos para o cumprimento de sua competência, frota eficiente (a existente está sucateada) e valorização financeira, agravada por oito anos sem reajustes salariais convincentes (o concedido no início de 2022 foi insuficiente para cobrir as perdas decorrentes da inflação do período 2015-2021.
“Esperamos uma profunda correção de rumos”, adverte Diego Sampaio.