“A conquista da classificação maranhense de livre de aftosa sem vacinação, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), é, sobretudo, resultado da luta de 20 anos dos servidores do Grupo AFA (Atividade de Fiscalização Agropecuária) lotados na Agência Estadual da Defesa Agropecuária (AGED)”. A enfática declaração é do presidente do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA), Diego do Amaral Sampaio, corrigindo o esquecimento da participação da categoria pela mídia oficial que celebra o feito.
Em entrevista ao Programa Balsas Rural deste domingo, 27 de abril, o fiscal estadual agropecuário e líder do sindicato da categoria recordou a batalha enfrentada pelos mais de 350 técnicos concursados e quase igual número de contratados, que desafiaram obstáculos de toda ordem para atender aos requisitos fixados pelo ministério e permitir a nova classificação, que deverá ser homologada em breve pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Reconhecimento – O novo status permitirá a oferta da cadeia alimentar do gado maranhense (mais de 10 milhões de cabeças, uma vez e meia mais que o número de habitantes do Estado), seus produtos e subprodutos ao mercado internacional sem restrições. O presidente reconhece a atuação Governo do Estado e dos empresários da pecuária, mas cobra o importante e necessário reconhecimento dos servidores da defesa agropecuária no processo.
O presidente relembra que, para alcançar o objetivo, resultado de pedido do próprio governo estadual, várias obrigações precisaram ser atendidas e alcançadas pelo trabalho dos técnicos, nas muitas campanhas de vacinação outras ações. Recorda que, para chegarem às propriedades e proceder a sorologia que também habilitou a classificação, enfrentaram situações de risco, atoleiros, regiões inóspitas e toda sorte de dificuldades. “Apesar de tudo, cumpriram o seu papel”, ressaltou o presidente. As campanhas de vacinação sempre superaram os 90% de cobertura ao longo dos anos.
Abnegação – Consolidado o reconhecimento pela instituição internacional, o gado maranhense terá amplo mercado internacional, com operações fortalecedoras da economia estadual e benefícios aos mais de 85% dos produtores que atuam, no Estado, na pecuária – os da agricultura familiar e da área indígena. “Os abnegados servidores foram sempre além de todos os limites para atender às exigências do processo”, lembra Diego Sampaio.
Ao parabenizar os companheiros pelo trabalho realizado e ainda não plenamente reconhecido, o presidente observou que a “instituição depende do servidor e o servidor depende da instituição; o resultado mostra nossa força de trabalho e nosso comprometimento, testemunho do valor da atuação do servidor na política da defesa agropecuária maranhense. Razão dos nossos cumprimentos aos companheiros, em nome do sindicato”, concluiu Diego Sampaio.