A decretação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação está ameaçada, a se confirmar a desativação total das barreiras Zoofitossanitária no Maranhão. Este será um dos principais reflexos da ausência da fiscalização exercida pelos barreiristas nas divisas do Estado com outras unidades federativas vizinhas.

A constatação foi dos participantes da live levada ao ar semana passada, com a participação de veterinários e fiscais agropecuários, para discutir a importância das barreiras fixas e móveis na circulação afrouxada dos produtos de origem animal e vegetal e defensivos agrícolas.

Critérios – A existência de barreiras não deve estar condicionada a resultados financeiros, critério justificado pelas direções de órgãos públicos de defesa agropecuária para o fechamento das unidades,

“Em nosso território aconteceu a desativação, mas lutamos pelo retorno e conseguimos.”

A informação é do fiscal agropecuário e presidente do Sindicato dos Profissionais de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins, Wiston Gomes Dias.

Ao destacar a necessidade do serviço, ele revelou que, só na divisa com o Maranhão funcionam oito barreiras.

“Argumentamos pela segurança alimentar, pela saúde pública e pela economia e vencemos”.

Localização – Para Fábio Lima, do MAPA e chefe do Serviço de Gestão do Vigiagro (vigilância internacional).

A presença das barreiras é uma necessidade, sem a qual não se pode falar em defesa sanitária. E defende a existência de unidades fixas e volantes, com atuação de servidores especificamente treinados em educação sanitária.

Outro ponto defendido pelo servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é a localização das barreiras. Opinião para a qual converge o fiscal estadual agropecuário e presidente do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA), Diego Sampaio.

“E esta deve ser a missão da agência reguladora, no caso local a AGED-MA”, lembra o presidente. A direção da Agência, convidada, não compareceu ao debate.

Bomba – A presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Maranhão (CRMV-NA), Francisca Neide Costa, admite que, a persistir o fechamento das barreiras no Maranhão,

“logo estaremos com uma bomba prestes a explodir, com prejuízos incalculáveis para a economia, a saúde pública e a segurança alimentar.”

Como lhe foi informado que o critério de fechamento é de caráter técnico, ela se mostra mais atemorizada.

“Não me consta que critério técnico poderia ser adotado para esta finalidade. Se ainda fosse a influência política, entenderíamos como fator de risco, ainda assim enfrentando nosso combate; o técnico precisa ser esclarecido”, cobrou a presidente.

Published On: agosto 10th, 2021 / Categories: Barreiras de Fiscalização Agropecuária, SINFA MA / Tags: , , , /

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