Em importante fala, a diretoria do SINFA expressou a repercussão alcançada com sua luta contra o fechamento das barreiras zoofitossanitárias do estado e os importantes aliados que foram conquistados após a forte exposição da situação para a sociedade, destacando o apoio fundamental dos profissionais que atuam nas barreiras.
“Entre os barreiristas, a defesa das unidades pelas instituições envolvidas é de maior valia”.
Luta contra fechamento de barreiras sanitárias ganha importantes adesões.
O assunto chegou à Assembleia Legislativa. Profissionais de várias áreas das Ciências Agrárias associam-se à luta pela manutenção e reabertura das barreiras zoofitossanitárias fixas, ameaçadas de serem encerradas pela autarquia que as opera – a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED).
Nesta semana, dirigentes de organismos vinculados ao serviço estratégico de fiscalização e inspeção dos gêneros de origem animal e vegetal e de defensivos agrícolas em trânsito no território maranhense, fecharam questão em torno da manutenção das unidades.
Argumentam os defensores das barreiras que, sem elas, o estado correrá o risco de ver um crescimento expressivo no perigo de sofrer inoculação de pragas e doenças nas lavouras e na pecuária, com grave prejuízo para a saúde pública, a segurança alimentar e o meio ambiente (pela circulação e descarte de defensivos agrícolas contrabandeados e adulterados).
As instituições reunidas pretendem cobrar da AGED-MA argumentos técnicos determinantes do fechamento, pois não se satisfazem com a justificativa econômica para o encerramento do funcionamento das unidades.
Também contestam a substituição das barreiras fixas por volantes, considerando que estas são complemento daquelas e não independentes e/ou substitutas.
Ao prejuízo financeiro alegado pelo fechamento de algumas barreiras, os defensores contrapõem: se a localização apresenta problemas, pode-se transferir a unidade para outra localidade, cujo movimento determine a presença dela e mantenha alerta sobre o trânsito de gado, sementes, mudas e defensivos agrícolas, internados no território maranhense.
E mais: barreiras não se limitam por custo orçamentário, pois são guardiães da qualidade de gêneros, sem a qual, o alimento à mesa pode virar veneno.
Maior risco correm os consumidores de São Luís. A capital do estado perdeu a barreira da Estiva, único ponto de acesso à cidade.
Com a falta de produção local de hortifrutigranjeiros (inexistência de uma fronteira agrícola), tudo o que é consumido aqui vem de fora, podendo portar inimagináveis danos à lavoura e ao rebanho.
O que se pede é uma rigorosa avaliação dos critérios adotados para o fechamento e a admissão de equívoco nesta tomada de posição, promovendo o retorno da situação anterior.
No Tocantins, situação idêntica ocorreu. Mas, analisando com mais vagar os reclamos dos público-alvo e dos empreendedores rurais, voltou-se atrás e promoveu-se a reabertura de barreiras, bem como a abertura de outras.
O presidente do SINFA-MA, Diego Sampaio, observa que a luta pelo não fechamento das barreiras não representa confronto com a direção da autarquia.
É, antes de tudo, um alerta de um caos no futuro, em defesa da saúde pública, da segurança alimentar, da economia advinda da movimentação, aspectos que podem não ter sido avaliados para determinar o fechamento das unidades.
Assim pensam os barreiristas atingidos pela momentânea inatividade. Argumentos que esperam ver considerados”. (Diretoria do SINFA)
O secretário-geral do SINFA, Antônio Aires, destaca que a repercussão da ação realizada pelo sindicato está sendo muito boa pois, com isso, os profissionais estão sendo representados e a sociedade defendida, no que se refere ao seu direito de consumir alimentos seguros.
“A gente sente que a diretoria da AGED recuou no posicionamento. Nós tínhamos quase certeza, que da forma como estava indo, as outras barreiras não durariam até o fim do ano. Em uma canetada só, seriam extinguidas”, afirmou Aires.
“Mas, graças ao movimento do sindicato, que tem sido forte e com argumentos técnicos, temos mostrado o trabalho que é realizado nas barreiras e tudo aquilo que estamos lutando pra manter”, reiterou o secretário-geral.
“Estamos nos sentindo bem representados, o sindicato está nos representando de uma forma excelente. Temos fé que o resultado final desse trabalho será o não fechamento das barreiras abertas, a reabertura das que foram fechadas e abertura de novas, em pontos onde foram detectados a importância da fiscalização fixa.” “Outro ponto são as barreiras volantes, que também vão casar com o trabalhado realizado nas barreiras fixas”, disse Aires.