Os barreiristas, responsáveis pela fiscalização do transporte animal e vegetal nas divisas do Maranhão com Estados limítrofes (postos fixos), a cargo da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED), alcançaram vitória: a fixação de nova jornada de trabalho. A proposta, elaborada por eles e submetida à direção da Agência pelo Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA) teve a minuta de portaria da própria autarquia aprovada em Assembleia Geral Extraordinária, por unanimidade.
O pioneirismo da aceitação da demanda está no fato de os requisitos propostos pelos servidores terem sido plenamente admitidos pela direção do órgão, representando o compartilhamento de uma decisão administrativa entre patrão e trabalhadores públicos. Ao comentar o feito, o presidente do sindicato, Diego Sampaio, considerou estar-se inaugurando uma nova era nas relações entre as partes, sem perda de autoridade e com autonomia mutuamente respeitada. “Enfim entendeu-se que ideias renovadoras, partam de onde partirem, podem ser acolhidas sem constrangimento”, avaliou.
Flexibilização – Ao comunicar, por ofício, a aprovação da AGE à matéria, o presidente enalteceu o gesto da direção da AGED, lembrando que a Portaria das Barreiras percorreu longo caminho até sua definição. Em reuniões anteriores, o assunto não merecera atenção sensível da administração superior da autarquia, contribuindo para o clima de insatisfação instalado entre os servidores do grupo. “Esta é uma demanda histórica que chega a bom termo; como gostaríamos que outras decisões fossem adotadas dentro do mesmo contexto”, observou o ex-presidente do SINFA-MA e tesoureiro na atual diretoria, Francisco Saraiva Júnior.
Na portaria que disciplina a nova jornada de trabalho nos postos fixos, a direção da Agência, por recomendação do Jurídico da repartição, “deixou em aberto” a questão da carga horária (horas trabalhadas), para “conhecimento, análise e deliberação do coletivo do Sindicato”.
