Com aprovação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE), servidores da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED), do Grupo de Atividades de Fiscalização Agropecuária (AFA) interromperam o atendimento ao público, por tempo indeterminado. Desde a quinta-feira,21 de setembro, eles comparecem ao local de trabalho e só cuidam de atividades administrativas internas.
A paralisação é resultado da falta de atendimento de demandas da categoria pelo Governo do Estado. “A pauta de reivindicações se arrasta há anos e nós intensificamos a reclamação ao Governo do Estado nos últimos 17 meses”, justifica o presidente do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA), Diego Sampaio.

A AGE de 5 de setembro aprovou que os servidores comparecem aos locais de trabalho, mas só se dedicam a atividades interna, sem atendimento ao público. Com a mobilização, aguardam o cumprimento da pauta encaminhada ao Governo do Estado, com reivindicações relativas ao pagamento de direitos devidos à categoria, ignorados pela administração, embora exaustivamente apresentados em várias negociações.

PCCR – Os servidores reclamam a conclusão dos processos de pagamento, de exercícios anteriores, de progressões, promoções, adicional de qualificação e horas-extras; implantação em folha de pagamento de progressões de 2022 (procedimento devido desde março daquele ano) e promoções previstas para março de 2023. “Eram procedimentos automáticos até 2014” (governo Roseana Sarney), revela o tesoureiro do SINFA-MA, Saraiva Júnior.

Para o mês de outubro está aprovada greve geral da categoria, a partir do dia 1°, caso a proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), fruto do Grupo de Trabalho constituído para elaborá-lo, não tenha sua análise pelos órgãos governamentais concluída e, transformada em Projeto de Lei, ser encaminhada à Assembleia Legislativa (ALEMA) para discussão e aprovação.

Tolerância – O presidente do SINFA-MA considera que a categoria tem sido tolerante em demasia com o Governo do Estado. “De nossa parte, tomamos todas as iniciativas para mostrar a insatisfação dos servidores com a falta de correção salarial ao longo de nove anos (perda de poder de compra de mais de 60%), o não pagamento em dia de obrigações financeiras e a crescente desvalorização do servidor, entre outros compromissos”, lamenta o presidente.

Diego Sampaio contabilizou cinco Assembleias Gerais, só em 2023, com manifesta indignação da categoria, cobrando procedimentos administrativos obrigatórios ignorados pelo Governo do Estado. Ele esclarece que a pauta do sindicato não atende exclusivamente ao interesse dos servidores, “mas tem foco na melhoria das condições de trabalho oferecidas pela Agência, para melhores resultados da política de defesa agropecuária maranhense em toda sua extensão”.