Pelo transcurso do 21º aniversário de criação da Agência Estadual de Defesa Agropecuário (AGED), o presidente do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA), Fiscal Estadual Agropecuário (FEA) Diego Sampaio, reportou-se à celebração destacando a defesa do patrimônio agropecuário do Maranhão sob a responsabilidade da autarquia. E sugerindo um novo modelo para a repartição.
O líder sindical chamou a atenção para a abrangência do trabalho dos integrantes do Grupo AFA (Atividade de Fiscalização Agropecuária) vinculados administrativamente à Agência. Ressaltou que da atuação desses servidores estratégicos depende a qualidade do alimento, vegetal ou animal, posto à mesa do consumidor no país ou no exterior, para onde é comercializado.
Saúde pública – Sampaio esclareceu que também é de competência dos servidores públicos da categoria o acompanhamento dos agrotóxicos utilizados na cadeia alimentar, desde a produção até a aplicação no campo, de forma responsável; como a devolução das embalagens para o processo de reciclagem. Explicou que essa movimentação constitui ação de saúde pública e de defesa do meio ambiente.
Para o presidente esta é uma pequena mostra do grande painel de responsabilidades atribuídas à Agência quando de sua fundação. Painel desconhecido do grande público por deficiência de informações. Que o sindicato está, agora, tentando redimir, com a agressividade há muito cobrada pelos servidores, quebrando a timidez até aqui exercitada.
Equívoco – Conforme o presidente, nos recentes oito anos, a AGED foi submetida a um processo, de conceito equivocado, modificador de sua essência. O governo parecia tê-la como cuidadora dos grandes do agronegócio, dos grandes da pecuária. “Contrariando uma realidade facilmente constatada se observada com o devido cuidado”.
Sampaio revela que 78% das propriedades que exercitam a pecuária dispõem de até 50 cabeças; e seus proprietários recebem assistência da AGED. Como também a recebe a agricultura familiar, no registro de fabriquetas de polpa, orientando o cultivo das hortas, auxiliando na organização dos cinturões verdes das cidades, ensinando o uso correto dos agrotóxicos.
Aftosa – Sampaio lembra que auditoria o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) estará no Maranhão em julho, verificando o atendimento de metas que habilitem o Estado a classificação de zona livre de aftosa sem vacinação (hoje somos livre com vacinação). Perdida a classificação, o Estado terá limitado os mercados com os quais poderá operar e sofrerá perdas a partir de R$ 1.7 bilhão.
Sampaio defende a adoção de ações agressivas na reestruturação da Agência e na valorização dos servidores JÁ (coisas que poderiam já terem sido feitas). E conclama o governador Carlos Brandão, empresário rural e médico veterinário, a liderar a luta pela revitalização da autarquia e sua adequação aos mecanismos de defesa agropecuária em operação. “Em respeito aos 21 anos”.