“A luta do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA) reivindica sua participação nos recentes acontecimentos registrados na Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED-MA)”. Assim, as lideranças sindicais se colocam no resultado da recente entrega de equipamentos à autarquia, feita na segunda-feira, 30 de janeiro, pelo governador Carlos Brandão.
A direção sindical celebrou as providências adotadas, mas diz que ainda é muito pouco para o pleno resgate da importância da autarquia no contexto administrativo-financeiro do Estado. Cobra renovação total da frota, reequipamento amplo de máquinas e redes para o trabalho virtual, instalações dignas e reconhecimento para a atuação dos servidores. “Precisamos de uma Agência nova em toda a sua plenitude”, reivindica.
Municipalismo – Para os sindicalistas, o caráter municipalista do Governo Brandão tem uma de suas bases fincadas na AGED, pela defesa da qualidade das produções animal e vegetal que os agentes técnicos da autarquia realizam. “Nós garantimos alimentos de origem animal saudáveis e de origem vegetal livres de pragas; também disciplinamos o uso de agrotóxicos, minimizando os impactos negativos das lavouras”, diz uma respeitável liderança.
“A atuação dos servidores da AGED previne os produtores rurais de prejuízos que, no conjunto das atividades, garante o sustento desses empreendedores, proporciona emprego e renda no ambiente rural e fortalece a economia do Estado e sua contribuição ao agronegócios e estímulo à agricultura familiar”, observa um agente do órgão, baseado no interior. E alerta que, no setor transporte, a autarquia precisa de, pelo menos, 200 veículos (carros e motos).
Aftosa – Para as lideranças sindicais, os investimentos que começam a ser feitos na AGED devem prosseguir com mais rapidez. A autarquia precisa de uma nova regulamentação (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração – PCCR, em fase final de elaboração por um Grupo de Trabalho) e estrutura para atender novas exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o qual mantem parceria.
Entre estas exigências está a nova classificação sanitária de unidades federativas livres da aftosa sem vacinação, procedimento que já implantado em alguns Estados da Federação. “O Maranhão precisa atender logo aos requisitos para ser incluído neste cenário; sob pena de sofrer prejuízos de ordem financeira de grande monta”, alertam as lideranças sindicais, cobrando celeridade nestes procedimentos.
Necessidades – As lideranças sindicais admitem que pode-se notar melhorias implantadas na AGED com as iniciativas adotadas nestas entregas (veículos e equipamentos de informática). Mas insiste na necessidade de um novo PCCR, de atualização de pagamentos de salários atrasados e outras verbas, instalações físicas condignas, nomeação de novos servidores, convênios com o MAPA para investimentos na AGED e, principalmente, estímulo aos servidores como prova de reconhecimento ao cumprimento de suas atividades.
Na cerimônia de entrega da segunda-feira, o presidente da AGED, Cauê Aragão, como já fizera em reunião com dirigentes do sindicato, semana passada, reafirmou que as ações agora implementadas na Agência destinam-se a agilizar e elevar a qualidade da prestação de serviços ao público-alvo da autarquia e torná-la apta a atender às necessidades primordiais da política de defesa agropecuária que a comunidade rural maranhense reivindica.