Os servidores da Defesa Agropecuária do Maranhão, lotados administrativamente na Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED), tiveram novamente frustradas suas expectativas com o Governo do Estado, envolvendo as demandas das categorias. Numa reunião nessa quinta-feira, 19, na sequência da ocorrida no final de setembro, o secretário de Administração, Guilberth Garcês, admitiu que as respostas esperadas só virão após pronunciamento do governador Carlos Brandão, anunciado para entre 11 ou 12 de outubro, mas transferido para o Dia do Funcionário Público, 28 de outubro.
Segundo o secretário, o governador prepara um pacote que atualizará implantação de progressões, promoções e outros direitos, destinado a todo o funcionalismo. Há esperança de um reajuste de vencimentos estar entre as medidas a serem anunciadas, de percentual ainda não estabelecido. Líderes do SINFA-MA reclamam perda de poder aquisitivo desde 2012, superior a 80%, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Frustração – No caso dos servidores do Grupo AFA (Atividade de Fiscalização Agropecuária), a decepção foi causada pela total desatenção à proposta do Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração (PCCR), tramitando há meses entre órgãos públicos, enquanto se esgota o prazo para transformá-lo em Projeto de Lei e encaminhá-lo à Assembleia Legislativa.
O plano é fruto da atuação do Grupo de Trabalho constituído em agosto de 2022 e integrado por representantes da AGED, SINFA-MA (sindicato dos servidores), Procuradoria Geral do Estado, Secretaria de Planejamento e Orçamento e Secretaria de Administração (então SEGEP). Pretende atualizar o Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração do Grupo Estratégico/Subgrupo da Fiscalização Agropecuária, estabelecido pela Lei Estadual nº 9.492, de 10 de novembro de 2011 e Lei Estadual nº 9.664, de 17 de julho de 2012.
Descrença – Na reunião de ontem, o secretário recebeu o presidente da AGED, Cauê Aragão, e os diretores do sindicato Samuel Sousa (vice-presidente e técnico agropecuário), Saraiva Júnior (tesoureiro e fiscal agropecuário) e Cosme Vilson (auxiliar de fiscalização e assessor sindical).
O vice Samuel Sousa do sindicato manifestou descrença em decisões que modifiquem o ânimo dos servidores da Defesa Agropecuária, que consideram sua luta por grandes propósitos avessa à política de pessoal atualmente praticada para as categorias da carreira. Sem desmerecer os objetivos de outros setores do funcionalismo estadual. Ele lamentou a indefinição do Governo e considerou que o Executivo perde uma grande oportunidade de demonstrar seu apreço pelos servidores do grupo estratégico agropecuário.
O tesoureiro Saraiva Júnior acredita que, apesar de mais uma frustração, as lideranças dos servidores da fiscalização agropecuária serão chamadas e justifica: “O Maranhão vive momento estratégico para o seu desenvolvimento, que é a expectativa de ser classificado como Zona Livre da Febre Aftosa sem Vacinação. Mesmo esta reunião não tendo apresentado perspectivas positivas, nós, do SINFA, acreditamos que, até 27 de outubro, o Governo irá nos chamar para apresentar algo concreto. Nós cremos que, pelo fato de a AGED ser um vetor de desenvolvimento, e a AGED são seus servidores, o Governo fará este reconhecimento e nos convidará a apresentar uma proposta, produzida pelas categorias”.